Hoje fui visitada por uma doce lembrança…
A lembrança de alguém que um dia percorria o meu corpo…
Que me dava carícias irrealizáveis…
Consigo ouvir a tua voz…
Então acredito que és tu…
Existes…
Ouço o teu nome…
A única coisa que ainda existe…
E continua a existir…
Apenas um som…
Abraço fortemente…
Simplesmente uma aragem de ar em que te convertes-te…
Beijo apaixonadamente…
Intensamente o nada…
Porque resolveste aparecer?
Já não consigo perceber se és uma lembrança…
Ou se nunca o deixas-te de ser um sonho…
Será que a nossa história foi invenção?
Será que algum dia cheguei a conhecer o teu corpo?
Será que nunca passou de uma ideia platónica evaporada no espaço?
Os meus desejos aparecem no que já não existe…
Tudo acabou um dia…
Será que chegou a começar…?
O fogo que ardia hoje é uma pedra de gelo…
A presença hoje já não é mais que uma ausência…
Guida.
Penso que podemos dizer das lembranças, de um ser presente que se apaga, que já não arde nem aquece, ou de um ressurgimento antigo, o amor , este sentimento de ser , de algum modo, uma parte do todo, auto estimula-se enquanto é uma realidade, depois extingue-se. Se perdura, é porque deixou uma mágoa de não ter ido até ao fim, de não ter tido tempo de se evidenciar e de se consolidar.
Gosto muito de ler os teus poemas, porque me permitem dissertar sobre as pessoas, sobre os conceitos e ajudam-me a construir um perfil de mulher apaixonada.
Beijinhos
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