Sexta-feira, 31 de Julho de 2009
Eu voei um dia nas asas de um beija flor…
Sobrevoei nas asas das gaivotas…
Aprendi a cantar…
A dançar…
A acreditar…
A amar…
E viver como uma mulher…
Num dia de dor procurei um carinho…
Um colo…
Um aconchego…
E nesse dia deixei-me levar nas asas do vento…
Flutuei na intensidade das infinitas nuvens…
Pousei delicadamente na rotina do tempo…
Ardi no calor da saudade dos teus beijos…
Ansiosa pelo teu mel…
Sufocando os meus desejos…
Arrebatada de mistérios…
Apenas só meus…
Ouço cada batida do meu coração…
Em exaustão pula-me no peito…
Sou uma vida pequenina…
Que voa no vento…
Que beija as flores…
Que sorri para a aurora…
E encanto-me com o amor…
Vivo na eminência da felicidade…
Aqui…
Aconchegada nos teus braços…
A rir-me…
Riu-me das saudades…
Saudades de mim mesma…
Daquilo que um dia fui…
Do que sou…
Do que serei da próxima madrugada…
Quinta-feira, 23 de Julho de 2009
Sei que eu nasci para vencer…
Mesmo com pedras no meu caminho…
Eu vou tentando sempre ultrapassa-las…
Sei que eu nasci como uma estrela…brilhante…
Mesmo que muitas vezes o meu brilho tenha sido ofuscado…
Voltei sempre a brilhar…
Eu nasci para viver com alegria…
Mesmo com momentos tristes…
Muitas vezes com lágrimas…eu sorri…
Por mais que o meu sorriso fosse triste…
Tive a alegria de sorrir…
Eu nasci para amar…
Mas também nasci para ser amada…
Sei que muitas vezes amei quem não devia amar…
Talvez, também, me tenham amado sem eu amar…
Mas acima de tudo…
Eu nasci para ser feliz…
Mesmo que a minha felicidade só apareça por uns momentos…
Mesmo que a minha pessoa pareça um ser incompleto…
Eu nasci…
E…
Sou uma pessoa única…
Não existi ninguém igual a mim…
Nem ninguém que viva a minha vida…
Embora digam…”ninguém é insubstituível”
Eu discordo…
Ninguém viveu o que eu já vivi…
Ninguém gozou o meu momentos…
Nem viu os meus pensamentos…
As lágrimas foram minhas…
Os sorrisos meus são…
Ninguém vive a minha vida…
Portanto…
Nesta vida…
EU SOU UM SER INSUBSTITUÍVEL!
Portanto…
Vou tentar brilhar em todos os meus momentos…
Sorrir até nos meus pensamentos…
Amar com todas as minhas forças…
E…
Viver; viver; viver!
Segunda-feira, 13 de Julho de 2009
Hoje dia ventoso…
Estranhamente nebuloso…
Mas abri a janela para renovar o ar…
Para o deixar entrar…
Ouvi o carteiro chegar…
Com ele uma carta em que o destinatário era eu…
Já há muito tempo que não recebia uma carta do meu amor…
Tinha-me enviado de muito longe…
De outro lugar…
Não me esqueço até hoje…
A carta vinha num envelope com um desenho…
De um Anjo por sinal…
Um daqueles anjinhos branquinhos, loirinhos e de olhos azuis…
Era uma carta de amor sem duvida…
Ou uma carta de despedida talvez…
Não sei o que estava escrito naquela carta…
Estava atrasada…
Tinha que ir para o trabalho…
Tinha mesmo que ir…
Já estava atrasada…
Deixei a carta pousada no parapeito daquela janela…
Aberta…
Achei melhor deixar a emoção para quando voltasse e já mais descansada…
Pelo caminho tentava adivinhar o que iria encontrar…
As horas custaram a passar…
O trabalho não rendia…
E o meu coração ardia do calor da emoção…
Mas lá fora a chuva caía…
Finalmente a hora de despegar chegou…
Dirigi-me acelerada para o carro…
Entrei toda molhada pela chuva que caía…
Mas ao chegar à estrada o trânsito estava parado…
Não andava…
Impacientemente só pensava naquelas palavras…
Finalmente a fila do trânsito começou a andar…
E eu só pensava em ir para casa…
Para ler aquela carta…
Finalmente cheguei…
E nem me lembrei que era dia de estar lá a minha empregada…
Apenas me lembrava daquela carta…
A carta do meu amor…
O meu coração ardia…
Os meus pensamentos voavam…
Mas a carta já lá não se encontrava…
Perguntei à minha empregada por ela…
Ao que ela me respondeu…
Vi sim…
Estava no chão toda molhada!
Já poucas palavras no envelope restava…
Agarrei naquele envelope branco…
Onde um anjo tinha estado…
Tentei abrir com cuidado para não desfazer aquele papel…
Ao abrir nada lá se encontrava…
A tinta tinha debotado…
E o meu coração destroçado…
Só consegui distinguir a palavra “Adeus”
Chorei…chorei…
Era uma dor imensa…
Não conseguia pensar em nada…
A não ser naquela carta…
E agora como vou saber o que estava escrito nela…
Aquela carta tão bonita por fora…
E tão oculta por dentro…
E destruída para todo o sempre.
“Nunca deixe para depois o que pode fazer agora…”
Não era por 2 minutos que eu teria sido despedida…
E quando achava que os iria ter com calma…perdi-os para sempre!
Domingo, 12 de Julho de 2009
O tempo…
O dono de tudo…
O senhor dos momentos…
Deixando a marcas…
Ele vai passado…
Deixando as lembranças…
O tempo não volta…
O tempo só anda…
Não permanece…
Não pára…
A cada momento corre…
A cada instante nasce para logo a seguir morrer…
Tempo…
O dono de tudo…
O senhor da vida…
O remédio para todas as curas…
O analgésico de todas as dores…
A cura para os amores…
Trás o bom tempo depois das trovoadas…
Faz com que aconteça…
Deixa que deixe de acontecer…
O tempo muda…
O tempo cura…
O tempo leva…
O tempo não pára…
O tempo só anda…
O tempo passa…
Dias lindos…
De sol e calor…
Amor e paixão…
Promessas em vão…
Agora…
Dias cinzentos…
Dias nublados…
Eu estou distante…
E tu…?
Não te sinto…
Nem me lembro do sabor do teu beijo…
Nem da força do teu abraço…
Sinto frio…
Com tanta frieza…
Frio que vai congelando o meu coração…
Que na cama enrolada aos lençóis derrete…
E faz inundar e transbordar os meus olhos…
Que me molha a almofada…
Só gostava de perceber o porquê deste aperto…
Aqui no meu quarto…
Digo…
Grito…
Já chega!
Já sofri demais…!
Apenas gostava de perceber…
Porque a chuva não pára…
Porque estas nuvens negras teimam em assombrar-me…
Fujam!
Desapareçam!
Eu mereço e desejo dias de sol…
É muito estranho a constante presença destas nuvens…
Mas eu não vou desistir…
E vou a cada manhã desejar…
Ver raios de sol a invadir a minha janela e aquecer a minha alma.
Segunda-feira, 6 de Julho de 2009
Hoje sinto-me só…
Olho para o nada…
Permaneço calada…
Olho para o horizonte…
Que se afasta…
Quanto mais o olho…mais ele se afasta…
Porque desejamos o que não temos…?
O que se afasta…?
O que não nos vê…?
O que não nos sente…?
Sento-me…
Vêm-me à memoria…
As palavras ditas ao sabor do vento…
Em murmúrios rasgados pelos sentimentos do momento…
Prazeres perdidos…
Sinto o vazio do silêncio…
Olho para o nada…
Aquele nada que sobrou…
O nada que ficou…
E é neste momento de silêncio, que os meus pensamentos, me dizem o que não admito…
É no nada que olho que vejo todas as cores dos quadros que pintei…
Que pintamos…
Sento-me sozinha mas não vazia…
Apenas silenciosa.
A ouvir a voz do silêncio que me fala…
Deixo-me cair…
Deito-me no chão…
Está frio mas não o sinto…
Sorrio…
Fico silenciosamente a ouvir o silêncio…
A ver o nada…
E deitada…
Com a voz do silêncio choro…
Não daquilo que faço…
Daquilo que vivi...
Do que fiz…
Do que escolhi…
Ou do que sou…
Choro…
Simplesmente das minhas lembranças…
Que um dia foram momentos…
Hoje transformados em espadas afiadas…
Que me espetam o corpo e me rasgam a alma…
Sexta-feira, 3 de Julho de 2009
Que lembranças são estas que as vezes me surgem nos meus pensamentos…
Lembranças que aparecem subitamente…
Como uma folha que cai de uma arvore…
Que ao cair abre na nossa memoria uma flor silenciosa…
Abrindo suavemente pétalas …
Uma atrás da outra…
Que lembranças são estas…?
De onde elas vêm…?
De quem me lembro eu…?
A quem elas pertencem…?
Talvez estas lembranças nem sejam minhas…
Talvez sejam de alguém…
Alguém que talvez pense em mim…
E os seus pensamentos perdem-se no céu…
E são-me trazidos pelo vento…
Por um momento penso…
É apenas um eco que me surgiu no meu pensamento…
Sinto-me perdida…
Comigo…
Nos meus pensamentos…
Com as minhas lembranças…
Perdidas…
Das quais já nem sei de quem…
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