...fui ter a algures perto do mar...numa praia daqui ou, mesmo, dali… chego na hora em que o mar se agita e as ondas vêm esbater na areia, a meus pés...desenham e redesenham curvas, figuras e pequenos círculos de água fria...olhei a linha do horizonte parece que se adivinha uma tempestade mas não passa de uma impressão minha… sinto o vento frio que me enche o vazio…
Observo as gaivotas que levantam num voo rasante... Talvez procurem as redes dos pescadores, estão inquietas, agitadas mas num bater de asas compassado…. Ao contrário das batidas do meu coração que bate descompensado…
Depressa despertei com as primeiras gotas de lagrimas que teimavam em começar a cair, nesta tarde ensolarada de Fevereiro...penso no quanto me desconheço…do quanto tenho dito e feito coisas que nada tem a ver com a minha maneira de ser… Cansaço…sim! Talvez não passe disso mesmo…um cansaço de mim…daquilo que me tornei…
Saudades do que fui…do que era…do que perdi de mim…
Ali fiquei eu...naquele momento, naquela praia...sem hora determinada… à hora das gaivotas, numa praia qualquer numa tarde de Fevereiro que jurei a mim mesma…esquecer do que sou e procurar em mim algum vestígio do que era…
. Olá